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Drones na logística? Uma realidade possível (e interessante)

  • Foto do escritor: João Pedro Alves
    João Pedro Alves
  • 21 de mar. de 2018
  • 4 min de leitura

Os avanços tecnológicos sempre guiaram as mudanças que acontecem na sociedade. Desde as “invenções” do fogo e da roda, por exemplo, até mais recentemente toda a revolução da internet e da tecnologia da informação. Sempre existe uma ruptura, uma “nova forma de fazer velhas coisas”.

Atualmente, uma das principais apostas para o futuro são os drones. Sim, aqueles pequenos objetos voadores não tripulados têm mais utilidades do que apenas tirar fotos e fazer filmagens aéreas. Tanto que são tratados por várias indústrias como uma inovação de grande potencial para os próximos anos.

A logística, claro, é um segmento que também está na lista de “interessados” nesta nova tecnologia. Afinal, olhando para o futuro, os drones aparecem como uma opção interessante de modal de transporte para fortalecer e diversificar as redes de distribuição já existentes.

Basta pensar no trânsito das grandes cidades e a dificuldade de locomoção por meio de veículos como carros, utilitários e caminhões. Neste caso, os drones garantiriam mais agilidade e menores custos ao processo de entrega - já que há economia em itens como combustível, depreciação e mão de obra.

Os drones também surgem como uma alternativa para a entrega de cargas em áreas isoladas e de difícil acesso por meio dos modais tradicionais. Em se tratando de Brasil, exemplos concretos seriam propriedades rurais distantes ou regiões alagadas como o Pantanal e a Amazônia.

O surgimento de meios alternativos para o transporte de cargas chega em um momento em que isso se faz necessário, muito pelo crescimento constante do volume de movimentações de mercadorias em todo o mundo - especialmente com a expansão do comércio eletrônico e a diminuição de compras nas lojas físicas.

Muitos avanços, no entanto, ainda precisam acontecer para que as situações citadas se concretizem e o transporte aéreo urbano se estabeleça. A evolução dos próprios drones, para que se adaptem e consigam desempenhar as “novas funções”, e o desenvolvimento de operações logísticas específicas para este modal são algumas delas.

Mas talvez o principal desafio sejam os aspectos legais dessas operações, a regulamentação para a utilização desses veículos no espaço aéreo a nível comercial - seja aqui no Brasil ou em qualquer outro país. Os casos de invasão de privacidade e abatimento/interceptação de drones, já existentes com veículos particulares, reforçam a ideia de que o caminho não será tão simples.

Como se trata de algo muito novo e que vem como uma ruptura dos padrões atuais, a discussão sobre a utilização dos drones é complexa e delicada. Certamente, a definição dos termos legais e operacionais vai demandar um longo e tortuoso processo.

Independente do tempo que levará para acontecer, a realidade está aí e o aviso já foi feito: não se surpreenda no dia em que sua encomenda feita pela internet ou a sua pizza de sábado à noite forem entregues por um drone!

Logística Interna

Além de aparecer como uma opção viável para a entrega de cargas, a nível comercial, os drones também podem ter uma outra utilidade importante para a logística: nos processos internos de um centro de distribuição ou indústria.

A função primordial seria a de movimentação de cargas, propriamente dita. Não por acaso, uma vez que os grandes deslocamentos de produtos em fábricas e CDs é uma realidade para as mais variadas empresas, de diferentes tipos de negócio.

Diante disso, os drones aparecem como mais uma alternativa dentro da automatização logística. Uma facilidade a mais, por exemplo, no transporte de uma matéria prima ou para buscar aqueles parafusos que estão armazenados lá do outro lado do estoque.

Outras utilidades ainda são possíveis para esses pequenos veículos não tripulados, tais como um auxílio para a realização de inventários de estoque ou, no caso de coordenadores e gestores, a visualização geral do andamento da operação.

Prós e contras

Mesmo ainda não sendo uma realidade no momento, já é possível analisar e prever como seriam alguns aspectos da utilização de drones na logística - com todos seus prós e contras. Confira a seguir quais são eles e, caso tenha mais alguma ideia, conte-nos nos comentários abaixo.

Benefícios do drone na logística:

  • Custo reduzido: ao substituir um carro por um drone, custos com combustível e mão de obra são reduzidos.

  • Agilidade: com cada vez mais carros nas cidades, a realização de entregas acaba se tornando lenta. O drone, neste caso, consegue fugir do trânsito e garantir uma entrega rápida.

  • Acesso: nem sempre é fácil de se chegar ao destino da carga, especialmente via terrestre. Estradas ruins, alagamentos, queda de pontes, obstruções… qualquer condição adversa poderia ser superada pelo drone.

Desvantagens do drone na logística:

  • Erros de trajeto: por não ser tripulado, especialmente no início das operações as chances de erro de trajeto por meio do operador são relativamente grandes.

  • Capacidade de carga: como se tratam de veículos pequenos, o peso e as dimensões da carga a ser transportada são limitados.

  • Autonomia: alguns avanços tecnológicos também teriam que ser feitos para que a autonomia de voo dos drones fosse estendida, sem que isso resultasse em um grande aumento no custo dos veículos.

  • Interceptação ou abatimento: infelizmente, o drone poderia ser interceptado no meio do trajeto entre a pizzaria e a sua residência… e seu jantar estaria arruinado.


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